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sábado, 30 de outubro de 2010

Criar 1

Sentado num banco público, observa as pessoas. Percebe variados cortes de cabelo, diferentes portes físicos, diferentes amores por descobrir.
Próximo, ali, à frente, um casal se rosna. A moça se deita sobre as pernas do rapaz, que repousa a mão direita no quadril da amada. Não é possível ver-lhes os rostos, mas isso não é necessário. A visão, por vezes, polui o imaginário, enodoa a criatividade. O observador, então, prefere desviar o olhar.

Quando percebe que está esperando o nada, sorri candidamente e pensa: "E se o nada nunca ocorrer?". Enquanto o nada não ocorre, distrai-se com as coisas, tão próximas de nada, que acontecem à sua volta.

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